domingo, 28 de outubro de 2012

Engenho Martiniano em Serraria

Capela e Casa Grande do Engenho Martiniano - Serraria-PB
Sino visto do interior da Capela do Engenho Martiniano - Serraria-PB

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Engenho Santo Antonio - Serraria-PB

Alpendre da Casa Grande do Engenho Santo Antonio em Serraria-PB
Fachada em Azulejos portugueses da Casa Grande, ao lado da Capela
Moita do Engenho Santo Antonio, com sua chaminé de fogo morto.
Detalhe dos Azulejos portugueses da casa grande no engenho Santo Antonio

Detalhe interno do alpendre da casa grande do engenho Santo Antonio

A região de Serraria, no Brejo paraibano, já teve muitas florestas de palmeiras, tornando-se famosa pela sua paisagem serrana e seu clima agradável. Vales verdejantes compõem uma rica paisagem, somados a presença dos antigos engenhos de cana de açúcar.

Serraria está situada no Brejo Paraibano, tendo como limites geográficos, os municípios de: Pilões, Pilõeszinhos, Areia, Borborema, Arara, Solânea e Bananeiras. Em linha reta, dista da capital do Estado, 88 quilômetros. A distância rodoviária fica em 123 quilômetros. A área do município é de 177 quilômetros quadrados. O sítio urbano onde se assenta a cidade ocupa a parte mais alta da cordilheira oriental da Borborema, numa altitude de 526 metros em relação ao nível do mar.
Os primórdios da cidade estão relacionados com a instalação de uma antiga tenda de serviços de serraria no lugar e que deu origem a um povoado. Posteriormente, a existência da vila tomou o nome de Serraria. O lugar é o mesmo onde está localizada a Igreja-Matriz do Sagrado Coração de Jesus. Antes de ser, propriamente, uma igreja, foi uma humilde capela no interior da qual existia um altar em louvor a Nossa Senhora da Boa Morte. No interior dessa capela, celebrava missas o vigário-doutor José Antônio de Maria Ibiapina. Os primeiros colonos que se estabeleceram nos terrenos do atual município de Serraria vieram, desde Mamanguape para a formação da antiga Missão de Santo Antônio da Boa Vista, no começo do Século XVIII. Antes de ocuparem as terras de Serraria, esses colonos fundaram a Vila de Pilões, a qual recebeu o benefício da implantação de fazendas de gado e engenhos para a fabricação de rapaduras. Em 1851 tornou-se habitual a retirada de madeira das matas do lugar, para a fabricação de tábuas para a fabricação de móveis e utensílios. No topo da serra instalou-se a serraria, nos terrenos que pertenciam a um desbravador de nome Manoel Birindiba.
A primeira casa do lugar pertenceu a Faustino do Rosário e foi construída em 1860. Serraria, simples povoado, cresceu e superou a Vila de Pilões da qual transformou-se em sede, através da Lei nº 80 de 13 de Outubro de 1897 num decreto assinado pelo então presidente da Província da Paraíba, Antônio Alfredo da Gama e Meio.
A população da atual cidade de Serraria considera o dia 13 de outubro a sua data histórica de emancipação política, muito embora a verdadeira datação para a existência do município seja o dia 31 de Dezembro de 1943, de acordo com a Lei Estadual nº 420.
Em três ciclos distintos que se sobrepuseram através dos tempos, foi a agricultura a principal atividade econômica de Serraria. O primeiro ciclo foi o das fazendas de café e dos engenhos de cana de açúcar. A produção dos canaviais fez desaparecer a atividade cafeeira abrindo fronteiras agrícolas para o predomínio, quase absoluto, dos engenhos que fabricavam rapaduras, açúcar mascavo, aguardentes e caxixis. O município teve 47 dessas unidades de produção, todas elas contribuindo para que a população rural fosse maior que a dos moradores da zona urbana.
Com o surgimento das grandes usinas, os engenhos foram paralisando suas moendas. Seus proprietários transformaram-se em fornecedores de cana para a grande indústria sucro-alcoleira. Com a falência da Usina Santa Maria, de Areia, que era a principal compradora da cana, aconteceu a grande crise que abalou profundamente a economia agrícola de Serraria. Engenhos tradicionais como o Paulo Afonso, o Baixa Verde, o Laranjeiras e o Santo Antonio, apagaram o fogo dos seus bueiros e passaram a usar suas terras para o plantio intensivo de bananeiras e, também, para a criação de gado.
A população de Serraria é, predominantemente Católica. A principal festa religiosa é promovida no dia 31 de dezembro, data consagrada ao Sagrado Coração de Jesus. O aniversário de emancipação política do município é comemorado em 13 de outubro.
Nos folguedos populares, Serraria é destaque pela promoção de Cavalhadas, conhecidas ali pelo nome de Corrida das Argolinhas.