quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Cana Fogo e Bagaço

Identidade visual do projeto, capa do livro e do filme, Cana Fogo e Bagaço.

Pensando na riqueza do material fotográfico, que disponho, sobre os antigos engenhos de cana de açúcar, me dispus a elaborar um projeto de fotografia documental, que consiste em fotografar e filmar os remanescentes engenhos de cana de açúcar da Paraíba. O resultado dessa documentação foto-videográfica, seria uma mega exposição, a edição de um curta metragem e a publicação de um livro de fotografia, cujo título será o mesmo do projeto: Cana Fogo e Bagaço.
Este trabalho pretende apresentar a fotografia documental, eivada de atributos estéticos, como uma das formas contemporâneas de expressão artística das mais instigantes. Seguindo os passos inspiradores de grandes documentaristas, como Tomaz Farkas, Pierre Verger e Marc Ferrez, de maneira criativa e impactual, a documentação fotográfica fará uso de recursos tecnológicos modernos para produzir uma coleção primorosa, onde a documentação se apresente de forma lúdica e acessível a todos os públicos. Portanto, captar imagens que propicie um pensamento crítico sobre o assunto abordado e, indubitavelmente, promover a reflexão e discussão, sobre esse momento histórico da formação da vida social brasileira.
Lembrando que, na atualidade, contando com o avanço tecnológico da captação de imagens digitais, o trabalho de documentação fotográfica, se reveste de características de qualidade, rapidez e economia, quando não mais existe a castradora preocupação com a limitação do consumo de filmes. Isso termina por criar circunstâncias, que favorecem e enriquecem as possibilidades de realização de um trabalho, com maior liberdade de meios, contribuindo para a conquista da qualidade somada a quantidade das imagens captadas. Com a realização desse projeto estaremos contribuindo para a difusão e massificação da arte da fotografia, que vive momentos de grande efervescência, interesse e popularidade.



segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Engenho Baixa Verde

Vista da moita, de dentro da Casa Grande, no Engenho Baixa Verde


Imponente e bela fachada da Gasa-Grande do Engenho Baixa Verde




Estivemos em visita ao Engenho Baixa Verde em fevereiro de 2006, durante as viagens da minha expedição fotográfica, da qual resultou o livro, Terra da Gente Paraíba. Naquela ocasião, fomos muito bem recebidos pelo amigo Geraldo Spínola Jr, que fez-se cicerone, nos acompanhando e explicando cada aspecto do legendário Baixa Verde. Construído em 1883 pelo Sr. Joaquim Miranda de Melo e sua esposa Nazinha Espínola é um dos mais representativos exemplares do nosso acervo arquitetônico, encontrados na arquitetura colonial rural do Nordeste. A imponente arquitetura, guarda as suas características originais como: Casa-grande; Capela; Casa de hóspedes; Senzala; Barracão; Terraço para secagem e armazenamento do café; Moita, com moenda, casa de fermentação e alambique para destilação de cachaça. As belezas do período colonial ficam evidenciadas em cada detalhe de sua construção com a presença das suas "eiras e beiras" e seus ornamentos que enriquecem as suas fachadas. Vale lembrar, que na época, a arquitetura de qualidade, detinha os citados ornamentos denominados de "eira e beira. A edificação que não tivesse tal detalhe arquitetônico, classificava o seu proprietário, como: "sem eira nem beira". Um "qualquer", na escala de classificação do status social daqueles tempos.O Engenho Baixa Verde tem a preocupação de manter e preservar seu acervo ecológico, uma paisagem natural de extrema riqueza e beleza. São pequenas cachoeiras, rios, pedras, animais silvestres e uma reserva florestal conhecida como Mata do Grilo, que esconde no seu interior a conhecida Pedra da Furna - uma gruta utilizada pelos seus primitivos habitantes, indígenas de antigamente, como abrigo.
Localizado no município de Serraria, numa altitude de 526 metros acima do nível do mar; Distante 140Km de João Pessoa, possui clima ameno, com temperaturas que variam entre 14º e 26º C; e um relevo montanhoso, o que propicia a prática de trilhas ecológicas e esportes.
Uma informação importante: no Baixa Verde, viveu o grande e respeitado artista plástico paraibano, Hermano José.
Concorrendo ao Prêmio Marc Ferrez de Fotografia da Funarte-Minc, com projeto de levantamento iconográfico e documentação fotográfica, pretendo voltar ao Baixa Verde para coletar novas imagens daquele rico patrimônio. Agora, utilizando uma tecnologia digital mais aprimorada e sofisticada, do que a modesta Canon-Rebel que dispunha na época em que lá estive. Desse esforço documental, deverá resultar mais um livro de fotografias. Além de uma mega-exposição fotográfica.